Em Minas há costumes caseiros que trazem o gosto das broas de pretas velhas. Um é o das mães passarem às filhas as receitas de família, carinhosamente guardadas em grossos cadernos que se perdem, não raro, na gordura do uso e na lida do tempo...
Comida mineira é a alma de nosso agasalho. É o elo da família em torno da mesa. É saudade e descontraimento, é lembrança da infância. Esperança. Eterna esperança. Humilde e sagrada páscoa das grandes esperanças.
Quintal de folhas no chão e frutas nas árvores, cacarejo de galinhas ciscando. Repiques de sino convidando para as festas de padroeira, apito de trem cortando a cidade. Roupa limpa das missas de domingo; namoro em banco de praça; tricô da vovó em cadeira de balanço.
Roda dos velhos no café da esquina. Chá de ervas na cura das doenças. Enfim, o desfiar das casos compridos na boca da noite. Na cidade ou no campo, em Minas, há sempre um aviso não escrito: cheguem-se, a casa é sua!
Uai! Desculpem alguma coisa...
Este texto extraído do livro Fogão de Lenha - quitandas e quitutes de Minas Gerais de Maria Stella Libânio Christo foi escrito em 1976, possui mais de dez edições sendo um marco da literatura culinária mineira.
Tenho o gostinho doce de uma dedicatória em um exemplar que me foi presenteado pela autora numa tarde de outono, dia de Santa Rita, 22 de maio de 2007.
Comida mineira é a alma de nosso agasalho. É o elo da família em torno da mesa. É saudade e descontraimento, é lembrança da infância. Esperança. Eterna esperança. Humilde e sagrada páscoa das grandes esperanças.
Quintal de folhas no chão e frutas nas árvores, cacarejo de galinhas ciscando. Repiques de sino convidando para as festas de padroeira, apito de trem cortando a cidade. Roupa limpa das missas de domingo; namoro em banco de praça; tricô da vovó em cadeira de balanço.
Roda dos velhos no café da esquina. Chá de ervas na cura das doenças. Enfim, o desfiar das casos compridos na boca da noite. Na cidade ou no campo, em Minas, há sempre um aviso não escrito: cheguem-se, a casa é sua!
Uai! Desculpem alguma coisa...
Este texto extraído do livro Fogão de Lenha - quitandas e quitutes de Minas Gerais de Maria Stella Libânio Christo foi escrito em 1976, possui mais de dez edições sendo um marco da literatura culinária mineira.
Tenho o gostinho doce de uma dedicatória em um exemplar que me foi presenteado pela autora numa tarde de outono, dia de Santa Rita, 22 de maio de 2007.
Hum, casa de vó, comida de vó. Família reunida aos sábados.
ResponderExcluirBjo
Olá Usuale, brigadim pela receita que deve ser uma delícia pr esse tempinho que começa a esfriar.
ResponderExcluirMá, casa e comida de vó, trem bão dimais da conta, né não? Bejim procês,
June