Este blog surgiu do desejo de partilhar memórias em torno da culinária, temperadas com literatura e outras artes. Inspirado na feitura do livro artesanal: Memória Culinária: Coisa de Vó, escrito e editado por Junelise Pequeno Martino, essa que vos escreve agora. E, se tiveres gana de me escrever: memoriaculinaria@gmail.com
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
BALAS DE COSTUREIRA
Antigamente, nos tempos da minha avó, não havia essa quantidade de balas e doces pras crianças, com tanta variedade de sabores, corantes e... conservantes. As balas eram feitas em casa, balas e pirulitos de melado, de açúcar e as vezes, um pouco de mel, umas gotas de menta ou baunilha e as mães ou avós mais criativas, colocavam um colorante, pra dar alegria às balas e encher os potes de vidro ou as mãos das crianças. Sim, sim, também havia as balas brancas de coco, aquelas que davam um trabalho danado de puxar e depois da massa esticada que tinha um brilho meio perolado, cortar os quadradinhos e esperar secar. Haja braço pra esticar as balas delícia!! Tradição que ainda resiste e vemos aos montes sendo vendidas em feiras e mercados. Que bom! Agora elas tem recheios de doce de leite, chocolate, nozes, morango, enfim, uma variedade de sabores pra acompanhar o "mercado" de guloseimas.
Hoje, a receita que foi levada ao ar na Radiocom 104,5 FM é "das antigas". Eu que me encanto pelas tradições e modos de se preparar comidas, tirei esta receita de um livro que amo de paixão e é minha "bíblia" em livros de receitas culinárias: Fogão de Lenha, de Maria Stella Libânio Christo. Este livro é especial por diversos motivos, primeiro porque meu exemplar tem uma dedicatória da autora, segundo porque ela é um doce de pessoa, uma vovó de cabeça branquinha, terceiro porque ela é uma referência quando se fala em comida mineira, quarto porque tive a rara oportunidade de conversar com ela numa tarde de maio, dia de santa rita, enfim, este livro tem meu carinho e apreço e eu poderia enumerar vários graus de importância dele. De lá retirei a curiosa receita de:
BALAS DE COSTUREIRA
E o nome é curioso porque o modo também o é. Veja
Você vai precisar de:
2 colheres de mel
meio quilo de açúcar
2 copos de água
Levar essa mistura ao fogo e mexer até dar o ponto de bala, que é quando gruda na ponta dos dedos, ou quando você joga um pingo dentro de um copo d'água e ele bóia.
Pegue um tabuleiro e encha esse tabuleiro com açúcar cristal, altura de 2 cm.
Pegue um dedal de costura limpo e faça diversos furos no açúcar. Derrame lentamente a calda nos furos e deixe esfriar. Depois de frio, balance o tabuleiro para que as balas se soltem. Você pode embalar em papel celofane colorido e distribuir pra criançada ou lembrar os velhos tempos e colocar num pote de vidro bem bonito e oferecer às visitas!
As imagens que você está vendo aqui foram feitas durante o Piquenique Cultural aniversário de 1 ano que aconteceu no último domingo na praça coronel pedro osório aqui em Pelotas. O evento reúne artistas de todas as áreas e retoma um hábito antigo e simples de se colocar a toalha na grama da praça, reunir família e amigos em torno de comidinhas e se divertir.
Beatriz Rodrigues, é historiadora e fotógrafa, moça de Rio Grande, que possui um olhar sensível pras coisas e pessoas. Escolhi essas imagens que ela capturou, pra seguir homenageando as crianças, essas figurinhas incríveis, estrelas que transformam as nossas vidas e que têm enorme poder nesse mundo. Viva as crianças!!! Viva, viva, viva!! :)
Você pode conferir o trabalho da Beatriz neste link: http://www.flickr.com/photos/bigatrice
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Lindo blog June!!!!!!!!!
ResponderExcluirObrigada, Lucia, Bem vinda! :)
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