domingo, 3 de outubro de 2010

Caríssimos,
Saudades de escrever um pouco por aqui. A vida anda numa turbulenta corrente. As vezes tenho a sensação de que o melhor seria subir num barquinho e deixar o rio levar, por outro lado, ando tentando nadar em outros percursos e descobrir outros caminhos, por terra mesmo...as mudanças já estão aí, vindo todas, de casa, de cidade, de estado - civil, de humor, de estar, de ser... líquido, gasoso...as vezes queria poder virar ar e desaparecer um pouquinho.
Então, cá estou de volta em estado sólido, sem muita rigidez na forma, curvas, macias e com algum conteúdo...

desculpem os devaneios de escrita tão necessários por ora

Conto um pouquinho sobre uma exposição que visitei sem saber que ela ali estava. No Museu de Arte da Pampulha. Fui pra assitir o show da Aline Calixto, cantora nossa das Minas, sambista maravilhosa, voz grave, simpatia e alegria puras. E um exagero de minha parte: quase a reencarnação de Clara Nunes! :D
Mas, os ingressos acabaram dez minutos depois de aberta a distribuição. Ok. já estava ali, já tinha cumprido meu dever cívico de votar, vi que havia uma exposição, decidi passear por ela.
Anuncios em jornais, envelopoemas, correspondências, selos, imagens, xerox, livrobjeto, carimbos: PAULO BRUSCKY. Pernambucano, artista, ativista, renomado arquivista, trabalha com diversas mídias, que incluem desenhos, performances, happenings, copy art e fax arte, arte postal, intervenções urbanas, fotografia, filmes, poesia visual, experimentações sonoras e intervenções em jornais entre outras experiências. Vale conhecer o trabalho desta figura.
E se quiserem conhecer um pouco mais sobre Bruscky e outros artistas, no material impresso tem uma dica boa: Galeria Nara Roesler: nararoesler.com.br. Esta imagem tirei de lá, é de 2008, chama-se Ensaios, do Paulo Bruscky. Ah, na bienal de arte deste ano ele também está.

Me diverti a valer passeando por tanta arte impressa, tanta im/expressão. Tanto movimento, quantas buscas e ótimos textos. Resolvi descer, beber uma água pra ir me quando o segurança me olha e pergunta: Tá sozinha? Quer entrar e assitir ao finzinho do show? ôpa,claro!

Pude ainda sambar um pouco ao som de três canções e sentir de pertim a energia alegre de Aline. Que maravilha! A vida é mesmo um rio de águas inesperadas.

Um comentário:

  1. que delícia de texto June,
    No meio da loucura a gente precisa de textos assim... não devaneie muito pelas coisas sólidas, viu. bjs,

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